Retomando sua História

Reconstruindo sua história, já se olhou e viu o quanto cresceu? Acompanhe o conteúdo até o final

O que proponho é óbvio: quando você se interessa por alguém, a primeira decisão que toma é a de saber mais sobre essa pessoa.

Como? fazendo perguntas !

Querendo saber saber mais sobre seus gostos, seu jeito de ser, suas preferências, suas qualidades e até seus defeitos.

Então, mãos à obra! Vamos ao primeiro exercício.

De forma muito sincera, responda às seguintes perguntas numa folha à parte:

Você acredita que, depois de tudo o que viveu, até chegar a este momento de sua vida, tem algo a ensinar? O quê ?
Quando olha para si, vê uma pessoa firme, decidida, que sabe para onde está indo, ou uma pessoa insegura, confusa e com medo do que está por vir ? Ou ainda, as duas coisas, dependendo da situação? Por quê? Dê pelo menos dois exemplos de cada circunstância.
Relembrando alguns dos momentos mais felizes de sua vida, que o conduziram numa direção significativa na sua história (formatura, promoção no emprego, casamento, nascimento de um filho, compra de uma casa, a realização de um sonho), quais sentimentos você experimentou? Seja específico! Sentiu medo de estar tão feliz? Sentiu que estava vivendo o que fez por merecer? Sentiu que iria acabar, passar ou que isso seria parte de você pra sempre? sentiu medo de perder? Sentiu que era apenas o começo? Sentiu que era bem mais do que você imaginou que merecia? Lembrou-se de seus pais e do que eles diziam sobre como é a vida?
Do mesmo modo, agora relembre alguns dos momentos mais tristes que você já viveu e que também motivaram escolhas e caminhos significativos na sua história (uma perda amorosa, perda material, a morte de um ente querido, a perda de um emprego, um acidente). Quais sentimentos você experimentou? Achou que era castigo por algo de errado que fez? Lembrou-se de seus pais e do que eles diziam quando você estava triste? dos avisos que davam sobre como a vida pode ser injusta?
Agora, depois de ter respondido a essas questões, se tivesse de escrever uma breve carta de recomendação de si mesmo para continuar vivo, sabendo que não poderia haver nenhuma mentira nessa carta, porque a pessoa que a leria sabe tudo a seu respeito, e que o principal critério para ser aceito é a verdade sobre o que você pensa de si mesmo, o que escreveria? Por que acredita que deve continuar ocupando seu lugar no mundo ? Vamos lá! Experimente. Escreva tal carta.

Depois de escrever, somente depois mesmo, reserve um tempo para a reflexão abaixo:

Reflexão

Pare por um instante, reserve-se num ambiente de sua preferência e reflita sobre tudo o que passou neste último ano.

Veja quais foram os pontos em que você acertou.


Reviva suas conquistas. Orgulhe-se de tudo aquilo que conseguiu fazer por você, por aqueles a quem ama e pelo mundo ao seu redor.


Em seguida, reflita também sobre os aspectos que poderiam ter sido melhores.


Lembre-se de que você é responsável por suas próprias decisões e caminhos e, ainda que os resultados não tenham sido positivos, só cabe a você rever as escolhas que fez e definir maneiras de melhorá-las.


Os obstáculos que aparecem ao longo da sua trajetória servem, principalmente, para mostrar que você é capaz de superá-los e aprender importantes lições com essa capacidade de superação.

Perdoar é uma questão de inteligência e não de bondade

Agora, vamos falar de um próximo passo fundamental para se tornar mestre de si mesmo, líder de sua vida e autor de sua história – o perdão.

Ao fazer o exercício acima, é bem provável que você tenha entrado em contato com algumas características ou crenças sobre si mesmo não muito agradáveis.

Talvez você tenha até sentindo raiva por ser de tal forma, pensar de determinada maneira ou agir como tem agido.

É compreensível considerar que a vida costuma nos cobrar o que há de mais perfeito: beleza física, simpatia, peso ideal, inteligência, sucesso profissional, vida amorosa feliz, estabilidade financeira, entre outros.

Convenhamos que a chance de não alcançarmos tamanha excelência nos moldes da nossa cultura é bem grande.

E isso não tem nada a ver com ser incapaz, e sim com ‘modelos de felicidade’.

Mesmo assim, passamos a vida toda nos sentindo frustrados e, muitas vezes, nos criticando e julgando por não alcançarmos esse patamar de exigência social.

Bem, não há felicidade na perfeição.

Aliás, nem há perfeição. A felicidade está em nossa sagrada humanidade.

E o humano é genuinamente imperfeito, com limitações, enganos e muito a aprender pela frente.

Mas para que isso aconteça, precisamos fazer as pazes com essa imperfeição, olhar para ela e acolhê-la, torná-la parte essencial de quem somos e da vida que desejamos viver – com sucesso, felicidade, dinheiro, amor e saúde.
Aceitar que temos a imperfeição é reconhecê-la; é um passo essencial, pois só então podemos promover uma mudança real e consistente.

Afinal, não podemos mudar o que não reconhecemos e reconhecer não basta.

É preciso que sejamos capazes de perdoar nossa própria humanidade.

Tem gente que julga a capacidade de perdoar como um traço de bondade, mas não é nada disso.

Perdoar não tem a ver com ser bom, assim como não perdoar não tem a ver com ser mau, simplesmente porque a bondade vem depois do perdão e não antes.

Só podemos validar o quanto somos bons depois de nos perdoarmos por tudo aquilo que nós mesmo julgamos como erro, como engano, como burrice.

Perdão é, sobretudo, um exercício de inteligência. Talvez a maior de todas as inteligências humanas.

Mas o perdão que funciona é aquele dado  a si mesmo e também a todos que fizeram parte da construção de quem você é e que, de alguma forma, contribuíram para que você esteja aí onde está, ou seja, perdoar as suas raízes – seus pais e irmão, fundamentalmente.

E isso exige decisão, desejo de perdoar.

É racional. É uma atitude interna. É prática de inteligência consciente.

Você só é Líder de Quem Compreende. E se Compreende, Perdoa!

Não se engane mais. Para que você possa se tornar seu Autocoach, Líder de sua vida e de sua equipe, em seu trabalho, é absolutamente necessário que você perdoe a si mesmo por todas as escolhas que fez, todos os caminhos que seguiu e por tudo aquilo que tantas vezes desaprovou a seu próprio respeito.

É preciso que perdoe àqueles a quem culpou pelos seus tropeções e entenda que você atribui e transferiu, erroneamente, aos outros a responsabilidade por suas decisões.

Lembre-se de que, da mesma forma que comete erros e merece ser perdoado por isso, igualmente acontece com quem está próximo a você, compartilhando a própria vida.

Portanto, perdoe-se pelas escolhas que não deram certo e desculpe também àqueles a quem você mais ama por tudo o que fizeram e que não lhe agradou.

Escolha o perdão como caminho para a liderança pessoal.

Somente assim você conseguirá tomar as rédeas de sua vida, sem ficar o tempo todo esperando que as pessoas façam algo por você e para você.

Que as pessoas perdoem você.

E você só poderá optar pelo perdão como caminho se tiver consciência de que se magoou, sentiu e ainda está sentindo raiva vivendo o ressentimento.

Reconhecendo a Raiva e Perdoando Quem a Despertou

Feche seus olhos e respire. Inspire e expire lentamente..

Lembre-se de uma cena de infância onde você se sentiu magoado…

O que estavam fazendo com você ? Quem estava na cena ?

Foque em três características negativas da pessoa que o magoou.

Agradeça essa informação que seu inconsciente lhe trouxe.

E agora passeie pela sua vida adulta e dê-se conta de quantas vezes, sem querer, você usou esses mesmos comportamentosnegativos que te magoaram.

Você aprendeu com a mágoa e agora repete sem perceber o mesmo comportamento.

Como sair disso?

Continue inspirando e expirando lentamente…

Lembre-se da pessoa que estava naquela cena da sua infância, só que, desta vez, lembre-se de uma cena em que ela está tendo um comportamento positivo e perceba como você se sente nesse lugar.

Foque nessa característica positiva dessa pessoa.

Assim como o negativo, você também aprendeu o positivo e usa esse mesmo comportamento em sua vida.

Continue respirando…

Lembre-se de uma situação específica  em que você se sentiu magoado e/ ou ferido nestes últimos dias e, então, usando a sua imaginação, visualize-se nesta mesma situação recente, só que agindo com o comportamento positivo que você aprendeu na infância… e observe como se sente, como a situação se desenrola.

Veja como você sai dela se sentindo muito mais leve e satisfeito por ter mudado seu comportamento.

Curva de Aprendizagem

Nossos aprendizados foram como foram. O apego, a mágoa e a dor nos mantêm reféns do passado, presos ao que já não pode ser mudado, nos fazendo repetir e repetir sem controle aquilo que não queremos.

Quando percebemos que aprendemos a ser quem somos, com todo o bem e com todo o mal de quem nos criou e / ou educou, damos-nos conta de nossa humanidade e da humanidade de nossos pais e, com isso, podemos transformar o que queremos em nós.

Compreensão, compaixão, perdão e amor são os ingredientes para qualquer liderança bem sucedida e com consequência benéficas a todos.

Para finalizar, respire ainda lentamente e, mais uma vez, lembre-se da sua infância e agradeça todo o aprendizado.

Agora, veja-se diante de um espelho e respire olhando dentro dos seus olhos.

Agradeça a essa pessoa adulta que você vê.

Reconheça que ela quer fazer diferente e agradeça-lhe.

Gratidão por você, pelos seus pais e pelo seu passado.

Assim as portas do presente e do futuro se abrem, e você caminha com a lucidez, sendo mestre e treinador.

Você vale muito a pena

É bem provável que, a essa altura, você já tenha se dado conta de que pode construir sua vida de modo fluido e prazeroso.

Agora, basta decidir diariamente, a fórmula está posta: autoconhecimento e perdão.

Perdão a si e aos que, com você, ajudaram a construir a sua história.

O sucesso é consequência da sua autoliderança.

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