O uso de substâncias psicoativas (SPAs) remonta a um passado distante. Em particular, a cocaína tem sido usada como estimulante do sistema nervoso central (SNC) desde as civilizações pré-colombianas, em países andinos, há mais de 4500 anos. Inicialmente, seu uso, ainda como folha de coca mascada, era restrito à nobreza Inca.
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Porém, após a chegada dos espanhóis à América, seu uso popularizou-se em diferentes tribos indígenas,(clínica de recuperação em Luziânia – GO) sendo utilizada em rituais religiosos para reduzir os efeitos da altitude, da fadiga e da fome.
Além da disseminação local da coca, a colonização do novo continente permitiu levá-la à Europa, para fins medicinais e como provável afrodisíaco.
Ao longo dos séculos, o uso da folha de coca despertou interesse por suas propriedades farmacológicas e recreativas. Os produtos derivados da cocaína, alcalóide presente na folha de coca, foram apreciados por pessoas ilustres e influentes, ajudando a difundir a droga. Veja clínica de recuperação em alfenas
A falta de informação sobre problemas relacionados à cocaína tornou seu uso indiscriminado, permitindo-a estar disponível em farmácias, bares e mercearias, e disposta sob a forma de licores, soluções, charutos, cigarros, inalantes. Tamanha foi a difusão de seu uso que, em 1909, os Estados Unidos disponibilizaram por volta de 70 tipos de bebidas contendo cocaína em sua fórmula, entre elas a Coca-Cola.
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O que é a dependência química e o craving?
Considerando a amplitude, a diversidade dos aspectos envolvidos e as consequências que trazem o uso e abuso de cocaína e suas variações, principalmente o crack, para a vida de indivíduos, família e sociedade, realizou-se uma aproximação crítico-reflexiva a partir de um estudo teórico sobre a complexidade do problema, analisando sua relevância social, potenciais fatores de riscos que dificultam o desenvolvimento de ações e as estratégias políticas existentes no Brasil. Veja clínica de recuperação em Mateus Leme
Optou-se pela análise contextual, enfocando uso e abuso do crack, (clínica de recuperação em Gravatá) do ponto de vista individual até as políticas de enfrentamento deste consumo no Brasil.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), craving é um desejo de experimentar repetidamente uma substância que proporciona uma sensação boa e prazerosa.
Antes, esse termo era muito utilizado para os dependentes químicos, mas nos últimos anos começou a ser aplicado também na área de nutrição. Isso porque a necessidade compulsiva de alimentos ao ingeri-los promove a liberação da serotonina e endorfina, causando bem-estar. Clínica de recuperação em Goiânia
Nem todas as pessoas agem da mesma maneira, já que o craving traz mudanças comportamentais, emocionais e alterações fisiológicas porque envolvem hormônios. Por exemplo, um item que faz muito mal como o açúcar é capaz de gerar comportamentos compulsivos. Clínica de recuperação em Porto Belo.
Após consumi-lo, a pessoa recebe muita dopamina, provocando uma sensação compensatória comparável às drogas.
Contexto imediato – Perfil do usuário
Apesar de o uso do crack ter seu início nos anos de 1980, somente em 2014 foi realizado um estudo que permitiu conhecer o perfil do usuário de crack em situação de rua no Brasil, (clínica de recuperação em porto velho)apontando a incipiência de estudos sobre esta população.
O usuário de crack brasileiro caracteriza-se, em geral, por ser: homem, jovem, poliusuário, de baixo nível socioeconômico e educacional, marginalizado, apresentando piores índices sociais e de saúde, se comparado aos demais usuários, apesar de nos últimos anos o uso dessa droga ter se difundido a outras camadas sociais. Veja clínica de recuperação em João Pessoa
Observa-se um maior consumo entre indivíduos não brancos (pretos e pardos) em contexto de vulnerabilidade social, os quais representam 52% da população brasileira, (clínica de recuperação em Campina Grande) segundo os dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
O perfil brasileiro não difere do perfil encontrado em outros estudos internacionais, revelando que o
consumo de crack está mundialmente associado a indivíduos com baixo nível educacional e socioeconômico, apesar de se perceber um incremento no uso e abuso desta droga em classes sociais mais elevadas.
Para compreender melhor tal fenômeno, não se pode ignorar a influência do contexto e do ambiente sobre o usuário de crack. A exclusão social atribuída ao indivíduo produz sentimentos de sofrimento e discriminação, o que influencia diretamente sobre as
escolhas individuais e sobre a saúde. Assim, os determinantes socioeconômicos funcionam como fator propulsor do uso e abuso desta substância, os quais, associados ao consumismo da sociedade capitalista, à globalização e ao aumento da urbanização,
tornam-se agravantes do consumo desta droga. Como questão de saúde pública, torna-se relevante a preocupação com esses
fatores determinantes e sua relação com o consumo do crack, uma vez que esses usuários geralmente apresentam um progressivo prognóstico para uma dependência mais grave, envolvimento com a criminalidade, comportamento sexual de risco e maiores prejuízos sociais, comparados a usuários de outras substâncias. Clínica de recuperação em Umuarama
O estereótipo traçado ao usuário do crack pressupõe pobreza e marginalização, instituindo uma situação de isolamento cada vez maior e rompendo com
vínculos de amizade, família e sociedade. Estabelece assim a unificação de usuários numa relação de solidariedade, aprofundando-os cada vez mais em seu estigma. Diante da gravidade do uso abusivo do crack e considerando as repercussões negativas, tanto a nível individual quanto social relacionadas a esta prática, faz-se imprescindível o reconhecimento do perfil deste indivíduo, bem como dos fatores de risco e proteção para este uso.
Principais meios e estratégia para o enfretamento
Hoje, o craving é considerado relevante para manter a abstinência, logo, tem sido muito pesquisado para compreender os processos de tratamento para os dependentes químicos.
Dessa forma, é possível traçar um planejamento personalizado, já que cada pessoa reage de uma maneira. Para seu enfrentamento, é utilizada a terapia cognitivo-comportamental desde o começo, além de outras que verá a seguir.
Distração
O paciente deve focar sua atenção ao mundo externo quando sentir essa fissura. Assim, o indicado é procurar uma atividade, como trabalhar, fazer um artesanato, praticar um esporte, entre outras.
Cartões de enfrentamento
São fichas com frases impactantes que servem de lembretes e incentivos, de modo que a pessoa não recorra a drogas. Nelas, também podem conter o que ocorre se a pessoa cair na tentação e as vantagens de ela lutar contra seu desejo.
Relaxamento
Os pacientes recebem treinamento de relaxamento por meio da respiração e da distensão muscular. Isso é importante porque ajuda aliviar a ansiedade e permite que o indivíduo fique mais calmo, reduzindo suas vontades.
Refocalização
Mudança de foco, essa é a chave desse exercício. O dependente químico fica prestando atenção em uma palavra que para ele é relevante ou uma imagem que não tem relação com as drogas.
Substituição por imagem negativa
Ele troca uma imagem positiva relacionada aos entorpecentes por uma que mostre o quanto aquela substância é ruim. Também inclui os males que causa ao seu corpo, ao seu emocional, assim como para os familiares e amigos.
Substituição por imagem positiva
Aqui se trabalha a autoestima, proporcionando visualizações de si vencendo o craving na dependência química e conquistando benefícios em sua vida pessoal e profissional. Esse estímulo é fundamental para trazer esperança de dias melhores.
Ensaio por visualização
Outra técnica é preparar a pessoa para enfrentar a vida sozinha. Desse modo, o terapeuta imagina situações ruins e como o paciente deverá agir de forma correta para superar, sem utilizar drogas. Aqui, são exercitados pensamentos e emoções que desencadeiam a vontade, mas ele atuará limpo.
Visualização de domínio
Técnica empregada principalmente quando o paciente não consegue resistir ao desejo. Logo, o terapeuta promove a visualização de que a pessoa está vencendo o fato e decidindo os rumos de sua vida. Inclusive, são usados exercícios físicos e automassagem para estimular melhores resultados, reduzindo o craving e os sintomas da abstinência.
Psicofármacos
Os psicofármacos ainda estão em estudo quanto ao seu real efeito no controle da fissura, pois muitos têm seus resultados limitados. Diante disso, não é indicado excluir as técnicas que evitam recaídas e essas apresentadas acima. Na verdade, o correto é combinar tanto a farmacoterapia com os tratamentos psicoterápicos, de modo a promover um melhor resultado aos dependentes químicos.
Qual o momento para realizar uma internação?
Todos nós sabemos o qual difícil é fazer a internação de uma pessoa que agente ama contra a própria vontade.
Não será uma tarefa fácil, portanto uma atitude de extrema importância que que pode salvar a vida do dependente.
Então entender o momento de agir, é a melhor forma de evitar uma piora do quadro.
Em muitos casos, embora não seja uma regra, o dependente já passou por várias tentativas de tratamentos que não os trouxe resultado.
Antes de tudo é importante observar nos hábitos e comportamentos que possam indicar a perda de autonomia por parte do dependente. Leia também sobre o processo de negação
É importante contar com orientação médica para entender se a internação em clínica involuntária é a solução para o dependente.
Muitas vezes o sucesso está no inicio, com uma boa abordagem e perfeito atendimento, a chance futura do tratamento ser eficaz, tem mais certeza.
Opções de tratamento e por que escolher o Grupo Viver sem Vícios?
O Grupo Viver sem Vícios, nós oferecemos tratamentos especializados para dependentes químicos do sexo masculino e feminino, também internações involuntárias para alcoólatras, ao chegar na unidade primeiramente o paciente é acolhido, sem preconceitos e sem julga-lo, o que importa não é o que ele fez no passado, e sim o que ele vai fazer daqui para frente.
Contudo nosso objetivo é desenvolver no paciente habilidades física e emocional para lidar com a doença.
Aderindo também um programa de orientação familiar sobre os aspectos da doença e da coo-dependência.
Embora, o processo de tratamento vária no prazo entre 90 á 180 dias (3 á 6 meses), pode ser alterado conforme avaliação médica.
Esse período é necessário para dividir as etapas de Reabilitação.
Desintoxicação
É primeiramente a etapa desta fase, aonde o paciente passa por uma síndrome de abstinência, e sob avaliação médica entra os medicamentos, analisando o estado físico e mental do dependente químico ou alcoólatra.
Conscientização
A dependência química e o alcoolismo não tem cura, mas existe sim um tratamento que funciona!
Este processo é realizado através do autoconhecimento, com apoio das terapias individual e em grupo, adquirindo inteligência emocional.
Aplicando esta sabedoria diariamente, no convívio com seus iguais, superando as dificuldades e frustrações.
Ressocialização
É nessa etapa que o dependente químico ou alcoólatra, precisa se inserir na sociedade, com perspectivas novas e diferentes para uma nova vida, visitando seus familiares e retornando a sua base de tratamento.
Portanto nossa equipe estabelece um método através da experiência vivenciada pelo paciente.